RALOS DE PIAS CONTAMINADOS ESTÃO VINCULADAS A SURTOS DE INFECÇÃO EM UTI


As pias na UTI podem ser potenciais reservatórios para as bactérias
Na Conferência International da Healthcare Infection Society (HIS) em novembro de 2014 foi apresentada uma pesquisa coordenada pela microbiologista Allison McGeer, MD, do Hospital Mount Sinai em Toronto no Canadá, relatando um surto de infecção proveniente dos ralos de pias em UTI.
Segundo a pesquisa, 66 pacientes foram infectados com a bactéria Klebsiella oxytoca, essa bactéria foi encontrada em pias e lavatórios na unidade de terapia intensiva (UTI).
"A primeira coisa que os hospitais precisam estar cientes de que as pias na UTI podem ser potenciais reservatórios para as bactérias", explicou ela.
Uma intervenção modificando os ralos de pias, limpando-os três vezes por dia e um programa de gestão de antimicrobianos evitou novas infecções.
A infecção representa a principal causa de morte nas UTI em todo o mundo, um estudo publicado na Revista Brasileira de terapia Intensiva evidenciou uma elevada mortalidade por infecção nas UTI em nosso país, sendo uma das mais elevadas no mundo.
Preocupada em melhorar as condições de higiene e sustentabilidade o Hospital Santa Casa de Maringá trocou todos os ralos de pias do hospital, inclusive da UTI, pelo ralo modelo japonês, no Brasil conhecido como ralo Basket.
Esse modelo é fabricado em aço inoxidável tipo 304, tem maior resistência a corrosão de agentes esterilizadores, a superfície mais lisa facilita a limpeza, cesto coletor fundo e com alça acoplada, que reduz o contato e facilita a higienização.
É uma maneira simples de evitar que as bactérias fiquem nas mãos e unhas, já que estudos apontam que o ralo da pia é o segundo lugar com maior quantidade de micróbios, atrás apenas do vaso sanitário. “Por conta disso, esse modelo é bastante difundido no Japão, onde o sushiman prepara quase tudo com as mãos”, diz o diretor Sérgio da Good House.
(DINO)

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