Microsoft alerta sobre aumento em golpes de suporte técnico


Os relatos de golpes de suporte técnico cresceram 24% no ano passado, segundo a Microsoft, com as perdas variando entre 200 dólares e 400 dólares em cada caso.

Computerworld / EUA - idgnow - “Os golpistas continuam a capitalizar sobre a efetividade provada da engenharia social para cometer golpes de suporte técnico”, revelou na última semana em um post sobre o assunto o gerente de projetos de pesquisas do Windows Defender, Erik Wahlstrom. “Esses golpes são criados para fazer os usuários acreditarem que os seus aparelhos estão comprometidos ou quebrados. Eles fazem isso para assustar ou coagir as vítimas a comprarem serviços de suporte desnecessários.”
O post de Wahlstrom foi acompanhado por uma apresentação sobre esses golpes no mesmo dia durante a conferência RSA Conference, em San Francisco, nos EUA.De acordo com dados da Microsoft, a empresa recebeu 153 mil relatos de usuários que se depararam ou foram vítimas de golpes do suporte técnico em 2017, um aumento de quase um quarto (24%) em relação ao ano anterior.
Deste total, aproximadamente 15 mil usuários – ou cerca de 1 a cada 10 – admitiram que tiveram prejuízos financeiros por conta desses golpes. Com o alcance das perdas descritas por Wahlstrom, isso significa que os usuários da Microsoft pagaram entre 3 milhões e 6 milhões de dólares para os criminosos no ano passado.
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E isso inclui somente os casos que foram relatados – e apenas para a Microsoft. “Como com muitos ataques de engenharia social, é complicado colocar um número absoluto no problema. O problema é muito maior (do que apenas a Microsoft), uma vez que os golpes de suporte técnico atingem usuários de vários outros aparelhos, softwares e plataformas”, explica Wahlstrom.
Tradicionalmente, os golpes de suporte técnico dependem de “ligações frias”, em que supostos técnicos ligam para números telefônicos variados com a esperança de alguém atender do outro lado da linha. Mas como essa tática já foi muito usada, chamando a atenção das pessoas, os golpistas acabaram migrando para outras abordagens, incluindo e-mail, sites maliciosos que se passam por serviços legítimos de segurança, malware cujo objetivo é extorquir as pessoas, e ataques via ransomware.
Todos esses vetores tem o objetivo de encaminhar a potencial vítima a um call center falso. Lá, o suposto representante técnico, que costuma se identificar como funcionário de uma grande empresa de tecnologia (como Microsoft, Symantec, etc) tenta enganar a vítima para que ela acredite que o seu computador está infectado. Neste momento, começa a tentativa de venda, com o criminoso tentando convencer o usuário a baixar um software ou permitir que o “técnico” acesse remotamente o PC.
Então os golpistas para cobrar pela sua “ajuda”, vender assinaturas para serviços inúteis ou instalar códigos maliciosos enquanto estão controlando as máquinas. É um crime lucrativo.
Segundo um boletim divulgado em março pelo Internet Crime Complaint Center, do FBI, os relatos no ano passado citaram perdas de quase 15 milhões de dólares, um aumento de 86% em relação ao ano anterior.
Em seu post, Wahlstrom diz que o problema exige a atenção de diversos players do Mercado. “Além da educação do usuário, a escala e a complexidade dos golpes de suporte técnico exigem cooperação e parcerias amplas no mercado”, afirmou. “Já é hora de a indústria se unir e colocar um fim no problema do golpe de suporte técnico.”

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