O comércio varejista já começa a pressionar os bancos a colocar um fim na greve dos bancários, que entra hoje no 16º dia, com agências fechadas em várias regiões.
O pedido foi feito oficialmente ontem à Febraban (federação dos bancos) pela CNDL (confederação dos lojistas), que estima perda nas vendas de até 30% em regiões como a Nordeste, onde o uso do dinheiro no varejo é maior.
O ofício que pede o fim da paralisação também foi encaminhado à Casa Civil e ao Banco Central, após reunião da entidade com representantes de oito federações, que agrupam 350 mil lojistas.
"O consumidor de cidades de menor porte ainda tem a cultura de fazer a compensação de cheques e sacar no banco para fazer compras", diz Roque Pellizzaro Junior, presidente da confederação.
Mesmo com o avanço dos meios eletrônicos de pagamento entre os consumidores, o economista Marcel Solimeo, daAssociação Comercial de São Paulo, lembra que sete em cada dez brasileiros ainda usam dinheiro para pagar as contas. Os dados são de uma pesquisa feita pelo Banco Central em 2010.
Apesar de estar demonstrar menos disposição para gastar até dezembro, aos poucos o consumidor recupera a confiança, o que tem efeito positivo no comércio, mostram alguns indicadores.
Segundo a Serasa Experian, a atividade do comércio teve alta de 0,9% em setembro em relação a agosto. Na comparação com setembro de 2012, o avanço foi de 2,3%.
Em nota, a federação dos bancos diz "lamentar os incômodos causados pela paralisação dos bancários" e informa estar "empenhada" para chegar a um acordo com os dirigentes sindicais.
Fonte: Folha de S.Paulo
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