Brasil e Japão assinam parceria para recuperação de áreas degradadas


Brasil e Japão assinaram um memorando de intenções, no último dia 3 de maio, prevendo ações conjuntas voltadas a atividades de pesquisa e desenvolvimento para a recuperação de áreas degradadas brasileiras. O documento foi assinado no âmbito da iniciativa “Parceria Verde Japão-Brasil”. O ato contou com a presença do primeiro ministro do Japão, Fumio Kishida, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.O documento foi firmado pela presidente da Embrapa, Sílvia Massruhá; pelo presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Akihiko Tanaka; pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
“A pesquisa científica que permitiu a expansão agrícola para o Cerrado nas décadas de 1970 e 1980 teve o apoio crucial da cooperação japonesa. É uma honra e uma satisfação enorme dar continuidade a essa longa parceria Brasil-Japão, agora para o desenvolvimento de uma agricultura cada vez mais sustentável”, declarou a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, ao lembrar dos trabalhos de adaptação e de tropicalização de cultivos realizados no passado entre os dois países.
O chefe da Assessoria de Relações Internacionais da Embrapa, Marcelo Morandi, informou que o acordo irá colaborar com o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, instituído pelo Governo Federal e gerido por um comitê interministerial. “A atuação da Jica trará, além da participação técnica japonesa, a possibilidade de inserção de investidores internacionais interessados em projetos voltados à sustentabilidade”, relatou.
Morandi contou que o documento prevê levantamento de informações sobre o assunto como análises de trabalhos bem-sucedidos de recuperação de pastagens, tendências do comércio de carbono, dados sobre restauração florestal e desmatamento, informações gerais relacionadas à recuperação de áreas degradadas, entre outros. Com isso, segundo ele, será possível traçar um amplo diagnóstico e subsidiar as ações de pesquisa.
“A recuperação de áreas em degradação é uma das principais iniciativas do Brasil voltadas à sustentabilidade da agropecuária. Ao recuperar esses solos, aumenta-se o volume de carbono armazenado, melhora-se a qualidade do solo e ainda conseguimos ampliar lavouras sem exercer pressão sobre a vegetação nativa”, concluiu Morandi.

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