ITORORÓ - MARCELO ANDRADE FECHOU A RÁDIO. VAI ENCARAR?

Marcelo Andrade não é só o secretário de saúde do município, é também o que comanda a política de Itororó, para o desgosto de muita gente, inclusive o meu. Mas para ser sincero, não foi o nosso secretário quem fechou a radio Itapuy “a voz do povo”, ou a voz de Deus, como professou seu diretor na última abertura do programa do meio dia na semana passada. Será mesmo que o dito programa tratava da legítima voz do Pai? Será que o Pai celestial usaria os microfones de uma rádio recebendo R$ 6.000,00 reais para a manutenção de um templo, onde sempre reinou a divisão do povo e sempre fora o pomo da discórdia entre as partes politicamente interessadas pelo feudo (Itororó), em permanente disputa? Então quer dizer, que a voz do povo, que é a voz de Deus, só vale para escancarar as mazelas dos adversários e jogar para debaixo do tapete as sujeiras dos correligionários? Que democracia é essa, companheiro? A rádio estava pedindo para ser fechada. Até porque, na balança da injustiça, ela, rádio, só pesava para o lado que lhe interessava.
O Pai, em sua misericórdia ímpar, não prega a desunião, ao contrário, Ele dá unidade à raça, ao Seu povo. O que nós ouvíamos dos interlocutores desse veículo, era nada mais, nada menos que a vociferação de um grupo político com saudades do poder pelo poder que emanou do povo, mas nunca prosperou de acordo com a máxima. O elo perdido, em seu tempo, coexistente entre o poder nefasto de um comandante funesto que salvava os vivos da casa grande e condenava os pobres na senzala, se materializou na velha ordem instaurada: o Governo de Marco. Não fora ninguém mais, que Adroaldo, aquele que fez de tudo para que Marco Brito retornasse ao comando do município, e Marco retornou. A rádio, de janeiro para cá, só tem clamado e chorado o leite derramado de uma derrota mais que anunciada; o atendimento foi em domicílio, entregue de mão-beijada ao povo do leão.
Não foi Marcelo Andrade quem pediu para fechar a rádio. Foi Adroaldo quem fechou a rádio. Adroaldo e seus asseclas incitados pela idéia do palanque permanente, da disputa sem tréguas pelo poder que, diariamente, a queima roupa, desferia golpes de misericórdias no atual governo ao ponto de obter sua reação, fazendo jus à lei da física. Marco, soberanamente, também fora um poder constituído pela maioria, portanto, do povo para o povo, conseqüentemente de Deus. Qualquer cristão, ligado na cruz do Altíssimo sabe que nenhum dos dois governos recentes tem alguma coisa a ver com Deus.
Mas, se nenhuma folha cai de uma árvore sem o Seu consentimento, então, fez-se governo o que era para ser. Forçar a queda de um governo, eleito pelo povo via esse instrumento (a rádio) era forçar o povo a se voltar contra o Pai. Nenhum programa falava mais em Deus que o programa de rádio em questão, porém, nenhum programa radiofônico era mais ardiloso, vil e infame que o programa em questão.
Marco, como prefeito, foi um boca-aberta, por quase dois anos suportando as ferroadas de seu desafeto que ele “carinhosamente” o chama de moleque.

Só que Adroaldo e seu grupo, não contavam com a astúcia do “Imperador do Cajá” Marcelo Andrade, que de boca-aberta não tem nada. Comeu calado, “sangrou” o que tinha para sangrar no jogo político por quase dois anos todas as suas agonias. Soube esperar e deu o troco. Se Adroaldo está certo em querer preservar o programa de rádio que “muquiava” Marco Brito, Marcelo Andrade está certo em fechar a rádio. É briga de poder, amigos, quem pode mais chora menos. Aí, entra Edneu, o dono da rádio cedeu à tentação do próprio governo para colaborar com a ação do secretário de saúde.
Com uma procuração da rádio nas mãos, Marcelo se municiou de elementos jurídicos que fariam dele o novo dono da voz da cidade, asfixiando com um sopro só, o grupo do PT.
INSS, FGTS, e outras dívidas da rádio por si só, levariam a emissora à bancarrota, ao fechamento e, foi por esse caminho, armado até os dentes, que o secretário acabou com a festa pagã dos sedentos republicanos petistas. Como nos tempos da Ditadura, ou da lei de Talião, onde imperava o “olho por olho”, Marcelo Andrade pegou um cadeado e uma corrente e trancou a rádio.
Chegam até a mim, especialmente das viúvas petistas, informações de que o Governo do Bem III está roubando os cofres públicos como nunca se viu em Itororó. Cabe ao ex-prefeito Adroaldo e sua legião de especialistas, entendedores das leis que são; afinal, tinha ele em seu governo, mais de “300” advogados para cada problema político/financeiro/social que ali existia, se é que existia. Além do próprio, que sabe de leis como poucos, mas é rasteiro e covarde como muitos.
Dizia ele, que seus secretários eram de primeira, e que eram eles capazes de governar a cidade de São Paulo. Portanto cabe á estes monstros sagrados da administração pública, conter tamanha sangria, representando contra o atual governo. Tudo dentro da lei. Pois, fora da lei não há salvação. Apesar dos lírios de Drummond; aqueles que não nascem da lei. Por sinal, para a poesia, uma beleza. Mas para a vida, muito mal interpretado por Adroaldo.
Só não sabemos o porquê da recusa em (pelos caminhos da lei) enfrentar o atual prefeito. Nenhuma representação de peso contra Marco fora feita até agora. Fica valendo, só a vez e a voz dos microfones da rádio Itapuy, Se não vale o tapetão da justiça, assim é golpe. Assim não vale.
Adroaldo tem preparado mil armadilhas para derrubar Marco Brito e seus leões cevados, mas é ele quem cai nelas. A rádio é uma dessas armadilhas de nosso grande “estrategista político”.

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