Salvador, 18 de setembro de 2018 – Em 21 de setembro é comemorado o Dia Nacional de luta das pessoas com deficiência. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter alguma tipo de deficiência. O número representa 23,9% da população brasileira. A deficiência visual foi a que mais apareceu entre as respostas dos entrevistados e chegou a 35,7 milhões de pessoas. Pelo estudo, 18,8% dos entrevistados afirmaram ter dificuldade para enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato.Para a coordenadora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Estácio da Bahia, Daniella Gomes, qualidade de vida é um conceito subjetivo, já que pode ter significados diferentes para diferentes pessoas. Estão aí envolvidos o acesso a saúde, a educação, transporte, trabalho decente, lazer, relações pessoais, dentre outros. “Porém, pode-se dizer que a fisioterapia trabalha com o objetivo de dar independência funcional ao paciente. Ser independente nas suas atividades de vida diária e, além disso, ter possibilidade de ter lazer e vida digna é o objetivo de toda pessoa com deficiência. O desejo do paciente é, muitas vezes, conseguir tomar um banho sozinho, ou se alimentar sem ajuda e é aí que a fisioterapia faz o seu papel”, diz.
O nível de melhora não pode ser definido. Isso vai depender do tipo de deficiência (física, intelectual, visual, múltiplas deficiências), da idade do paciente, da doença de base, da extensão da lesão, do tempo que levou para o socorro ser dado e da intensidade e estímulos dados na reabilitação. Para isso o fisioterapeuta deve realizar uma avaliação minuciosa no paciente e a partir daí traçar os objetivos da reabilitação e escolher as técnicas adequadas para esses objetivos sejam cumpridos
A fisioterapia pode ser feita em qualquer idade, não existem limites. O fisioterapeuta pode tratar desde o bebê prematuro, com estimulação precoce, até o idoso com Mal de Alzheimer. O ser humano tem uma coisa chamada de plasticidade cerebral, que a capacidade que o cérebro tem de se readaptar a novas situações e recuperar funções perdidas. E essa plasticidade existe até mesmo em pessoas com demências, como o Mal de Alzheimer.
A diferença é que a plasticidade precisa ser estimulada. Se a fisioterapia não é feita, o cérebro não é estimulado. Por exemplo, o bebê prematuro vai adquirir seu desenvolvimento motor (sustentar o pescoço, sentar, ficar de pé e andar) e cognitivo mais rápido se ele fizer a fisioterapia. Da mesma forma, se a pessoa que teve um AVC não entrar em um programa de fisioterapia, pode ser que nunca mais recupere a função. Com isso, sua independência funcional fica comprometida e a qualidade de vida cai.
Não tem como se estimar o aumento de sobrevida de quem faz a fisioterapia. Vai depender de vários fatores: da doença de base, da idade, etc. Na verdade, o objetivo da fisioterapia é melhorar a funcionalidade. Dar independência ao paciente. Ainda que seja um paciente com uma doença terminal. Não adianta ter a vida prolongada se ela acontece em um leito e na dependência de um cuidador, se não se tem qualidade de vida.
A Estácio oferece atendimento gratuito para a comunidade na Clínica escola para várias áreas da fisioterapia (saúde da criança, mulher, homem, idoso, neurologia, ortopedia). Para isso o paciente ou acompanhante deve comparecer à clínica escola para que seja feita uma triagem e daí o paciente ser encaminhado para acompanhamento.
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