Operação na área de saúde cumpre 14 mandados de busca e apreensão no Rio


A operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e da Polícia Civil deflagrada nesta quinta-feira (23), contra a organização criminosa acusada de fraudes na saúde fluminense que atua na organização social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. Ainda há uma pessoa foragida.
Com apoio do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e da Polícia Civil de São Paulo, foram presos no fim da manhã o empresário Luis Eduardo da Cruz, acusado de ser administrador oculto da Iabas, e sua esposa, Simone Amaral da Silva Cruz. Também foram detidos o meio-irmão dele, Marcos Duarte da Cruz, e o empresário Francesco Favorito Sciammarella Neto. Adriane Pereira Reis está foragida.
Segundo o MP-RJ, o Iabas foi estabelecido pelo grupo criminoso “sob o falso argumento de prestar serviços públicos de saúde, sendo utilizado, na verdade, para o cometimento de centenas de delitos de peculato e lavagem de dinheiro”. A ação penal concentra-se em fornecedores que têm a característica de terem sido administrados pelos dirigentes ocultos da organização social.
“Apenas do município do Rio de Janeiro, ente que mais repassou valores à OS, foram desviados mais de R$ 6 milhões a pretexto da execução de serviços de exames laboratoriais, jardinagem nas unidades de saúde, locação de veículos e manutenção predial por quatro fornecedores”, diz o órgão.
De acordo com a denúncia, após a sua constituição sob a forma de organização social, ocorria a assinatura dos contratos de gestão com a administração pública. “Com os valores públicos captados, dava-se, então, o direcionamento das contratações de serviços e das aquisições de bens para as empresas pré-selecionadas, comandadas pelo próprio grupo. A operação de desvio se completava com a realização de pagamentos superfaturados ou dissociados de contraprestação”, informa o MP-RJ.

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