Rota da fruticultura: segunda fase é lançada na Agrobrasília


A segunda fase da Rota da Fruticultura RIDE-DF foi lançada na última quinta-feira (19) dentro da programação de eventos da Agrobrasília 2022. Trata-se de um projeto do Ministério do Desenvolvimento Regional que envolve diversas instituições dos setores público e privado. Uma dessas instituições é a Embrapa, responsável por fornecer o respaldo científico e tecnológico da iniciativa. “Isso aqui é uma construção. Estamos aqui hoje para dar mais um passo em direção ao nosso objetivo, que é criar e fortalecer nessa região um novo polo frutícula do Brasil. Tudo está sendo feito com muito critério e cuidado. É preciso que haja uma base e a base precisa ser científica e tecnológica”, afirmou o chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro. Uma ação já realizada, destacada pelo chefe-geral da Embrapa Cerrados, foi a Capacitação em Fruticultura Tropical, evento promovido pela Embrapa entre junho de 2021 e abril de 2022. O treinamento on line e gratuito foi realizado de 15 em 15 dias. No total, foram apresentadas 22 palestras técnicas com profissionais de diferentes unidades da Embrapa e de instituições de pesquisa parceiras. Todo o material da Capacitação está disponível no canal da Embrapa no Youtube e na página da Embrapa Cerrados para acesso gratuito. “Essa é uma forma de aproximar a ciência que é feita pela Embrapa dos pomares de vocês. Estamos trabalhando com muito empenho para desenvolver essa parte da agricultura (fruticultura) que dentre todas tem o maior valor agregado”, afirmou Sebastião. “Estamos fazendo tudo isso não para gerar renda, mas sim riqueza no campo”, destacou o coordenador da Rota, Luís Curado. Segundo ele, a ideia é disseminar uma nova mentalidade de produção na região. “Na fruticultura não se pode produzir, colher e vender; assim o produtor fica nas mãos de quem compra. Temos que vender, plantar e colher. É assim que vamos trabalhar, com as safras vendidas antes da colheita”, afirmou. Curado fez durante o evento um balanço das atividades realizadas na primeira fase da Rota, lançada em junho de 2021. “Identificamos os problemas, as causas e fomos atrás das soluções. Agora, essas soluções são a base dessa segunda etapa que está começando agora”, explicou. Segundo ele, durante o ano passado foram realizadas seis reuniões de mobilização em menos de 100 dias com o objetivo de motivar o engajamento do setor agrícola da RIDE-DF para o cultivo de frutas. A região é formada por 33 municípios de Goiás, Minas Gerais, além do DF. De acordo com Curado, a Rota já iniciou o caminho para a criação do mais novo polo frutícula do Brasil na RIDE-DF voltado para as frutas vermelhas (berries): morango, mirtilo, amora e framboesa. Segundo ele, o polo do morango já estabelecido será reformulado e reestruturado e haverá o incentivo cada vez maior à produção da amora preta gigante. Haverá espaço e incentivo, também, para as outras culturas da região já exploradas como goiaba, mamão, maracujá, uva, abacate, limão, jabuticaba, acerola e pitaya, além dos frutos do Cerrado que, segundo ele, são um excelente meio de geração de renda para pequenos produtores em áreas com aptidão para o extrativismo.“Agricultores com produção de baru, cagaita, jatobá, mangaba e outros têm espaço e apoio para o cultivo, processamento e comercialização”. A Rota também prevê a implantação de polos de produção de açaí e mirtilo na região, com fornecimento de mudas e assistência técnica aos produtores e informações sobre protocolos de produção e processamento. Um lote com mudas de açaí e mirtilo será disponibilizado às cooperativas selecionadas para a implantação de 100 módulos de um hectare, no caso do açaí, e 10 módulos de dois mil metros de mirtilo, com foco no desenvolvimento, validação e demonstração de técnicas avançadas de cultivo dessas culturas em condições de Cerrado. “A ideia é que os viveiros sejam certificados pela Embrapa, que disponibilizará cultivares de origem e qualidade comprovadas”, afirmou. Rotas de Integração Nacional – a Rota da Fruticultura RIDE-DF é uma das Rotas de Integração Nacional, redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Naiconal de Desenvolvimento Regional (acesse aqui mais informações).
Juliana Caldas (MTb 4861/DF)

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