FEIRA DE ARTESANATO E ECONOMIA SOLIDÁRIA DO PELOURINHO É SUCESSO DE PÚBLICO
Foto: Fernando Vivas/GOVBA - Cerâmicas utilitárias e decorativas, bordados que expressam a cultura popular, cestarias tradicionais e produções com diferentes técnicas de crochê e macramê são alguns dos trabalhos expostos na Feira de Artesanato da Bahia e na Feira de Economia Solidária, que começaram nesta sexta-feira (3), no Pelourinho, em Salvador, e seguem até domingo (5), a partir das 16h. Esta é a primeira, das 20 feiras itinerantes que devem ocorrer em 2023 e conta também com uma programação cultural durante os três dias no palco da Praça das Artes. Segundo o secretário da Setre, Davidson Magalhães, as duas feiras — a de artesanato e a de economia solidária — foram unidas para dar mais destaque a diversidade de trabalhos realizados pelos artistas populares e pequenos empreendedores baianos. “A junção das duas feiras visa exatamente pegar essa vitrine que é Salvador, nesse momento importante, que é a alta estação, depois de uma pandemia, com um fluxo grande de turismo para permitir essa projeção do artesanato, que corresponde exatamente aos saberes da Bahia e da nossa cultura, que vai passando de pai para filho, de mãe para filho, de mãe para filha”, declarou o gestor. Na ocasião, a Setre também realizou a entrega de 180 carteiras nacionais do artesão, que são parte do Programa do Artesanato Brasileiro, do Governo Federal, que dá oportunidades de qualificação profissionais e técnica aos artistas e acessos a certificados nacionais e internacionais. Além de benefícios exclusivos para quem recebe a carteira e participação em ações de formação, promoção e comercialização através de intercâmbios para outros estados e países. O escultor Bergson Souza foi um dos artistas a receberem a carteira e falou que esse reconhecimento que chega com a formalização profissional é também um incentivo para continuar realizando criativamente o seu trabalho. “Incentiva a gente a continuar fazendo o nosso trabalho com dedicação, que é um trabalho artesanal, feito com as mãos e uma produção única. Pra gente é muito gratificante esse reconhecimento”, celebrou. Instaladas na Praça das Artes, as feiras também contam com trabalhos autorais de roupas em algodão, crochês e patchwork; criações de bonecas de pano, bolsas em palha de piaçava. Além da produção de doces e outros produtos alimentícios e de agricultura familiar de empreendedores do Recôncavo, Baixo Sul e Região Metropolitana de Salvador. A secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, lembrou que os trabalhos artesanais expostos nas feiras também são, muitas vezes, trabalhos coletivos, realizados por associações de mulheres, de pessoas quilombolas e de outras comunidades tradicionais. “Um trabalho feito à mão, muitas vezes de forma coletiva, representa também estratégias de sobrevivência, porque fazer artesanato, fazer economia solidária, significa também dar condições dignas de sobrevivência para esses segmentos da população negra, das mulheres, dos povos e comunidades tradicionais”, destacou. Durante os três dias de feira também vão acontecer apresentações musicais e de dança no palco da Praça das Artes. Nesta sexta-feira (3) se apresentaram o Samba Junino com Jorge Fogueirão, que abriu o evento com um cortejo pelas ruas do Pelourinho; a Companhia de Danças Populares da Bahia e o grupo Sambadelic, com Dão Black. Neste sábado (4) se apresentam o Samba Coral e do Boi Janeiro de Matarantiba e a cantora Juliana Ribeiro e Gerônimo. No domingo (5), o evento será encerrado com o show de Bolhas Borbulhantes, com Vanda Cortez, e pelos DJs Leandro Vitrola e Branco. O evento é uma iniciativa da Coordenação de Fomento ao Artesanato e do Centro Público e Superintendência de Economia Solidária e Cooperativismo (Sesol), da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com a Associação Fábrica Cultural e o Instituto Casa da Cidadania. Além dos apoios do Ipac, da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e da Rede Bahia.
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