O mundial de robótica começou! Confira cinco curiosidades dessa edição


O mundial de robótica começou nesta quarta-feira (19) com montagem dos pits, treino para as equipes de FRC e partidas oficiais de FTC. Diferentes culturas, idiomas e robôs. O mundial de robótica reúne estudantes de 50 países, e o Brasil, orgulhosamente, é um deles. Direto de Houston, a Agência de Notícias da Indústria te leva pra pertinho da competição. Separamos cinco curiosidades da edição 2022-2023 do FIRST Championship. Preparados? Let’s go!
1. 🚀 Número recorde de equipes
Houston nunca recebeu tantos competidores em um mundial de robótica. Neste ano, são 620 equipes disputando a FIRST Robotics Competition (FRC), 192 na FIRST Tech Challenge (FTC), 108 na FIRST LEGO League Challenge (FLL) e 60 na FLL Explore. Isso mesmo, 980 times e mais de 15 mil estudantes reunidos no George R. Brown Convention Center. Pra você ter uma ideia, o Festival SESI de Robótica, que foi a etapa nacional, também com número recorde de competidores, teve cerca de 2 mil competidores de 199 equipes nas modalidades da FIRST – 44 na FRC, 55 na FTC e 100 na FLL.
2. 📍Labirinto de pits
E como encontrar uma equipe no meio de 980? Só as coordenadas podem ajudar 😮‍💨 A área dos pits, que são os estandes dos times, vira um verdadeiro labirinto. No caso da FRC e da FTC, você procura primeiro pela divisão – na FRC, são oito divisões e na FRC, quatro – e depois pelos números do corredor. Já na FLL, cada equipe tem uma numeração, sinalizada no pit. E, pra dar uma ajudinha para os mais perdidos, a FIRST disponibiliza no site e em um aplicativo os números e um mapinha.

Parceria: integrante da 1156 Under Control ajuda a equipe 9168 Agrobot antes da inspeção do robô

Estreante em mundiais, a 9085 SESI SENAI Mega Harpy, de Indaiatuba (SP), capricou na decoração do pit

A 7563 SESI SENAI Megazord, do SESI SENAI Jundiaí (SP), fez os últimos ajustes no robô antes de entrar na arena

Parceria: integrante da 1156 Under Control ajuda a equipe 9168 Agrobot antes da inspeção do robô

Estreante em mundiais, a SESI SENAI Mega Harpy, de Indaiatuba (SP), capricou na decoração do pit

A SESI SENAI Megazord, do SESI SENAI Jundiaí (SP), fez os últimos ajustes no robô antes de entrar na arena

Parceria: integrante da Under Control ajuda a equipe Agrobot antes da inspeção do robô
3. 🇧🇷 Brasileiros por toda parte
Da inspeção de robôs, à montagem das arenas e à avaliação. Se você achou que a participação brasileira se limitava aos cerca de 110 competidores, você se enganou. Estamos por toda parte! O ex-competidor Luiz Gabriel Costa – já contamos um pouquinho da sua trajetória nessa matéria sobre o ciclo da robótica – veio da Flórida, onde faz faculdade, para ser juíz pela segunda vez. No ano passado, ele avaliou as equipes em sala e agora terá a missão de arbitrar as partidas de mesa. João Pedro Ganzella, que é juíz no Brasil, também está aqui como voluntário. E o trabalho dos brasileiros começou antes mesmo da competição. Daniel Hanauer, da Stemos, fornecedora de equipamentos no Brasil, participou da montagem de três das 10 arenas de FRC. “Para trabalhar, nos inscrevemos e enviamos uma breve descrição da nossa experiência, e eles nos aprovaram. Chegamos segunda de manhã e viemos pra cá ontem [terça-feira] ajudar a montar, graças ao aprendizado que tivemos no regional no Brasil. É curioso de ver, uma cena bonita”, conta. Provando que é o voluntário do ano, prêmio que recebeu no regional Brasil, em março, Silas Vergílio também veio contribuir com a realização do mundial. Ele esteve na montagem das arenas e ficará à disposição da organização nos próximos dias. Assim como o especialista do SENAI, Fabio de Deus, que está trabalhando na inspeção dos robôs de FRC.

Silas Vergílio e Daniel Hanauer ajudaram na montagem de três das 10 arenas de FRC
4. 🧬 Entre irmãos
É comum ouvir falar dos estudantes que “a equipe virou uma família”. Neste ano, a delegação brasileira veio para provar que, sim, estamos em família. São ao todo oito irmãos, sendo duas duplas de gêmeos  - distribuídos nas três modalidades, FLL, FTC e FRC. Bugou aí? Na FTC, temos os irmãos Daniel e o Samuel Watanabe e os gêmeos Juan e o Jean Araújo na 21036 Justice; na FLL, as gêmeas Sophia e a Beatriz Larrubia pela SESI CLP – essas já são carinhas conhecidas porque vieram pro mundial ano passado; e na FRC, pela 1156 Under Control, as irmãs Isabela e Cibele Gonchoroski, que hoje é técnica da equipe. Os gêmeos da Justice explicam que gene da robótica é esse. Envolvendo um outro irmão, é claro. “Nosso irmão mais velho, o Fabian, fez parte da primeira geração da equipe de FLL, lá em 2015. Aí nós víamos ele indo para os treinos, competindo e acabamos pegando essa paixão. Decidimos que queríamos também, ‘é isso que a gente quer fazer da vida’”, lembra Juan. Na equipe de Goiânia, dos nove integrantes, só dois não têm irmãos que já passaram pela robótica. Lembra do chiclete de pimenta para recuperar o paladar de astronautas, que virou um super case de projeto de inovação na FLL? É do irmão mais velho da Karolina Ceciliano, que compete, neste ano, pela Justice. Para completar esse trio de irmãos robotiquers, a caçula vai pra Singapura em setembro disputar o mundial de outra modalidade, o F1 in Schools.

Cibele Gonchoroski hoje é técnica da irmã mais nova, Isabela, na Under Control (FRC)

Daniel e o Samuel Watanabe, da Justice (FTC)

Também da Justice, os gêmeos Jean e Juan Araújo

Lembra das gêmeas com roupa de Branca de Neve no último mundial? São as gêmeas Sophia e a Beatriz Larrubia, do SESI CLP (FLL)

5. 👀📈 Subindo o nível do scouting
O scouting é uma das atividades de bastidores mais importantes nas competições de FRC e de FTC. Como as equipes disputam com outros times em aliança para somar o maior número de pontos na arena, é indispensável que eles conheçam todos os robôs da sua divisão e suas características, por exemplo, quantos pontos ele faz no período autônomo e na distribuição dos elementos. Nas equipes, há integrantes dedicados exclusivamente a isso.
A Cavalo Vendado, de FTC, veio para o mundial com sete estudantes e os oito que ficaram lá em Erechim, no Rio Grande do Sul, têm a missão de analisar as 11 partidas qualificatórias que serão transmitidas pela Twitch e recomendar com quem eles devem formar aliança. O mesmo fez a 1156 Under Control, que, em sua 11ª participação em mundiais, tem 10 estudantes olheiros do outro lado do continente. Com tantos anos de estrada, eles desenvolveram e aprimoraram o próprio sistema para analisar os dados e simular as pontuações. Quem ajudou nesta temporada foi uma das empresas patrocinadores, que trabalha com database. Para quem ainda não desenvolveu o próprio sistema, fica a dica dos sites da FIRST que já ajudam nesses diagnósticos e previsões de desempenho: Statbotics e The Blue Alliance. A FRC e a FTC não são para amadores. Estamos em Houston e hoje foi dia de montagem dos pits, treino das equipes de FRC e início das partidas oficiais de FTC. Acompanhe a cobertura completa na Agência de Notícias e no Instagram SESI de Robótica. Ah, e outra novidade deste ano é que teremos as partidas de FRC com comentários e narração em português. 
Texto: Amanda Maia e Marcella Trindade
Fotos: Amanda Maia

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