Odair José, Sidney Magal, Gretchen, Almir Rogério, Diana, Wando, Perla, Ângelo Máximo... Estes eram reis e rainhas da programação popular nas TVs e rádios que levantavam a audiência de programas apresentados por Silvio Santos, Chacrinha, Bolinha e Barros de Alencar nas décadas de 1970 e 1980. As músicas cantadas por estas estrelas, apontadas pejorativamente como "bregas" durante muito tempo, ganharam hoje ares de "cult". Tocar Gretchen e Sidney Magal em uma festa não é mais sinônimo de vergonha alheia. Estes sucessos do passado funcionam agora como convite para a diversão de pessoas de todas as gerações. A banda Saco de Gatos teve sua contribuição nesta mudança de percepção do público. Criada em 1982 por amigos que expressavam o bom humor por meio de canções autorais, o grupo se reencontrou em 2005 para fazer do brega sua bandeira. O conjunto é formado por Paulo Tadeu (vocal), Alfredo Lago (vocal), Celso Birraque (guitarra), Sérgio Franco (teclados), Zé Cardoso (baixo) e Élcio Cavalcanti (bateria). Com shows irreverentes e repletos de nostalgia, o conjunto já movimentou plateias em apresentações na Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, em casas como Quintal do Coelho, Ed Carnes, Mooca Music Hall, além de festas e eventos particulares. Ao celebrar os artistas e músicas dos anos 70 e 80, o Saco de Gatos resgata um gênero que ainda toca corações. "O brega é sinônimo de uma época, de um Brasil, da gente simples que escutava essas canções. É um estilo que não pode ser esquecido", destaca Paulo Tadeu. A banda se apresenta com roupas no estilo brega e não poupa esforços quando o assunto é fazer o público rir, dançar e se emocionar. Tudo, claro, com uma mensagem de valorização sobre o papel do brega na identidade musical brasileira.
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