Advogada da família de Hyara Flor conversa com Marcelo Werner — Secretário de Segurança Publica da Bahia

A advogada, Janaína S. Panhossi, que representa a família da jovem cigana, Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, morta com um tiro no pescoço há quinze dias, se reuniu na terça-feira (18) com o Secretário de Segurança Pública da Bahia — Dr. Marcelo Werner e a Delegada Geral da Bahia — Dra. Heloísa. Conforme a advogada, a reunião foi exclusivamente para tratar das investigações do caso de Hyara Flor. “Fui pedir apoio e atenção ao caso que vitimou a jovem Hyara Flor e ambas as autoridades afirmaram que estão acompanhando de perto as investigações, bem como, as diligências necessárias para fins de apuração e elucidação do crime” conta Janaína Panhossi. O crime de Hyara Flor repercutiu nacionalmente. A população de Guaratinga e da circunvizinhança estão atentos as investigações do assassinato da jovem Hyara de 14 que foi morta com um tiro disparado por um adolescente também cigano e da mesma idade e era casado há 46 dias com a vítima. Ambos seguiam a tradição cigana, e a cerimônia havia sido autorizada pelas famílias. O laudo da perícia afirma que o tiro disparado contra a jovem no dia 6 de julho foi feito por alguém a, no máximo, 25 centímetros de distância. A bala entrou pelo pescoço e ficou alojada na vértebra cervical da adolescente. A família da vítima sustenta a versão de que ela foi morta pelo próprio marido, a mando do pai dele, Amorim Junior. Seria uma vingança devido a um suposto relacionamento extraconjugal entre a mãe do adolescente e um tio de Hyara. A advogada da família acredita que ela tenha sido vítima de feminicídio. Para a advogada, trata-se de um assassinato não somente contra uma jovem de 14 anos, mas contra todas as mulheres assassinadas pela condição de ser mulher, que possui um aumento significativo no Estado. A Bahia registrou 6.659 mortes violentas intencionais em 2022, a pesquisa mostra que mais de 18 milhões de mulheres sofreram alguma forma de violência no último ano. Segundo a pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 45% das mulheres, que foram agredidas de alguma forma, após o episódio mais grave de violência, nada fez. Continuam a ser vítima sem procurar a polícia porque acredita que a instituição não oferece solução. “Não podemos permitir, em hipótese alguma, qualquer tipo de agressão contra a mulher, seja ela física ou moral, principalmente uma adolescente”, disse Janaina. A Juíza de Guaratinga, Silvana Fleury Curado, determinou no último dia 15, a imediata busca e apreensão do adolescente ou, aonde quer que este se encontre. E decretou a internação provisória, dele, pelo prazo improrrogável de 45 dias contados a partir da sua efetiva apreensão, com base no art. 108 do Estatuto da Criança e do Adolescente — ECA.

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