Pela cidade, quem atravessa a rua, abre a janela do quarto ou simplesmente está numa marquise do ponto de ônibus, enxerga o desespero familiar. É mais um domingo que passou, sem dona Vera. Pelos outdoors da cidade, pelas redes sociais ou pelos veículos de comunicação sua família pede socorro. Retratada pelo olhar de carisma, com sorrisos acolhedores em fotografias, a última vez foi pelas lentes de câmeras de segurança num atendimento de padaria, e ainda assim, sorridente. A família implantou outdoors em busca de informação, sem medir esforços para encontrar sua mãe, avó, tia ou vizinha. São vinte e um dias passados, sem notícias do paradeiro dessa senhora, muito conhecida na cidade de Itabuna. Se para alguns, é mais uma na estatística de desaparecida, para seus familiares é uma pessoa cheia de amor, ternura e paciência. É alguém que representa sua descendência, que cuida dos seus, fazendo falta no quotidiano de quem estima a sua companhia, nas caminhadas matinais, nas saídas rotineiras, onde foi vista pela última vez em público. Trajava moletom de casaco e calça cinza, blusa rosa com gola, um escapulário dourado, um anel de prata e uma sapatilha marrom. Desde o dia 19/06 que a mãe de família, a avó e cuidadora dos sentimentos dos seus filhos, não aparece. Por toda a cidade é visto cartazes grandiosos com suas fotos para não passar desapercebido por nenhum transeunte. Até em propagandas entre um storie e outro do Instagram, notamos o apelo familiar. Se você sabe alguma pista ou qualquer notícia, favor entrar em contato com a polícia pelos canais de denúncia 197 ou 190. Seus dados não serão solicitados e nem divulgados. Vera Lúcia Vaz Vieira tem 73 anos e não retorna para casa há dias, é servidora pública aposentada. Conforme a família, ela é viúva e mora sozinha na Rua Major Dórea, no bairro Castália, em Itabuna, no sul da Bahia. Os parentes clamam pelo seu retorno e por sua presença.
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