Na manhã deste sábado (15), o pai de Hyara Flor — Iago Cigano como é conhecido, clama à beira do túmulo da filha, ao Secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, por justiça. Por meio de suas redes sociais, solicita uma intervenção das autoridades competentes que o ajude a localizar o suposto assassino, o Cigano Amorim, que continua solto e realizando os seus negócios tranquilamente. Em seu convívio comunitário, a habilidade para negociar é uma característica de seu povo que, muitas vezes, é chamada de “esperteza”. Ele revela que, enquanto sua família sobrevive a perda, cuidam do túmulo da Hyara, sem comer e beber conforme o rito da comunidade, através do luto, a outra família segue normalmente, impunes. O luto, para os ciganos, é demorado, com vestes negras e compridas; as mulheres não podem usar brincos ou qualquer adereço colorido, fato muito visível nas vestes diárias. Além de não ver televisão, nem ouvir música, não podem beber bebidas alcoólicas, nem fazer festas. Ao término, todas as roupas usadas são deitadas fora, pois as mesmas não podem ser guardadas. Acreditam na vida após a morte e seguem todos os rituais para aliviar a dor dos seus antepassados que partiram. Ele denuncia que a polícia da cidade de Guaratinga, que fica a 55 km de Eunápolis, localidade onde a morte aconteceu não está investigando. Relata também que “o Amorim” — acusado do crime, continua em contato com a família inteira e trabalha por telefone em seus “negócios”. O pai enfatiza, desde o início, que a morte da filha foi uma vingança contra a família dele. O laudo de necrópsia afirma que ela se asfixiou no próprio sangue, além disso, no local do crime foram encontradas uma pistola calibre .380, com dois carregadores e munições. “E a versão principal neste momento é de que o tiro teria sido efetuado pelo esposo da vítima, também um jovem de 14 anos integrante da cultura cigana, que casou com ela no mês de maio. E depois do tiro, ele e a família fugiram por uma estrada de chão que dá acesso à Minas Gerais e de lá foram pro Espírito Santo.”, afirmou Moisés Damasceno — o delegado.
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