Jogador de futebol foi baleado e coagido a assumir armas e drogas, em Lauro de Freitas


O jogador de futebol de 24 anos que foi baleado na perna durante uma ação policial no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, contou que tem medo de perder a oportunidade de assinar contrato com um time do Líbano, no Oriente Médio. O caso aconteceu na segunda-feira (31). Além de Alessandro Miranda Santos, conhecido como “Pantico”, um amigo do atleta foi ferido após os disparos de arma de fogo. Segundo o jogador, ele assistia televisão com a mãe, quando decidiu pegar um copo de café e conversar com amigos na porta de casa. Nesse momento, policiais militares teriam chegado na localidade atirando. "Veio uma viatura deflagrando tiros contra a gente. Saí correndo para me proteger, mas logo em seguida, tinha uma viatura na outra rua. Fui baleado e fiquei caído no chão”, relatou o jogador. Alessandro Miranda Santos contou esperar o visto de trabalho para assinar com o time de futebol. O empresário que intermediou a negociação tem perguntado sobre o tempo de recuperação do atleta e se ele chegará bem.

O jogador de futebol informou que, na unidade, foi coagido a assumir que era o dono de armas e drogas que teriam sido apreendidas na ação policial. “Ela perguntou se as drogas e a arma eram minhas, que os policias tinham dito que eram minhas. Só falei que não era minha, me apresentei como atleta profissional. Ela entendeu e disse os policiais queriam que eu ficasse preso em flagrante”, disse Alessandro Miranda. “Queriam que eu assumisse a arma e a droga”, ressaltou. O atleta não soube explicar o motivo dele ter sido liberado. “Certamente ela percebeu que eu uma pessoa inocente”. Alessandro Miranda detalhou que nunca tinha visto o material apreendido pelos PMs.

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