Coletivo Carrinho de Mão leva espetáculos e oficinas a Acupe de Santo Amaro

Depois de movimentar a cidade de Camaçari em outubro, o Coletivo Carrinho de Mão, formado por Cintia Santos, Edu O., Lucas Valentim e William Gomes, segue em circulação com o projeto “Na estrada com Carrinho de Mão: circulação, formação e acessibilidade”, realizado em parceria com a Giro Planejamento Cultural. Eles rumam agora a Acupe, histórico distrito de Santo Amaro, no Recôncavo da Bahia. Entre os dias 2 e 5 de novembro, a Casa de Cultura do Nego Fugido abrigará atividades gratuitas que afirmam a presença de indivíduos com e sem deficiências nos palcos, nas plateias e nas atividades de formação em artes. Serão três espetáculos do repertório artístico do grupo – “Audionudescrição”, “Odete, traga meus mortos” e “Judite quer chorar, mas não consegue!” – associados a duas oficinas, contando com tradução em Libras e audiodescrição. Acupe, que significa terra quente, é uma comunidade quilombola banhada pela Baía de Todos os Santos. Surgida no período pós-abolicionista, tem origem nos povos indígenas e africanos. Entre as importantes manifestações culturais ali nascidas, está a do Nego Fugido, em que moradores do distrito encenam aparições aos domingos de julho para reviver a luta pelo fim da escravidão – e é este o nome que batiza o espaço cultural que será visitado pelo Carrinho de Mão. Lá, a agenda começa com as oficinas. Cintia Santos e Edu O. se unem na “Oficina de produção acessível: princípios para uma abordagem anticapacitista na produção cultural”, que será no feriado do dia 2 (quinta-feira), das 14h às 18h. Já a “Oficina de criação em dança”, com Lucas Valentim e William Gomes, focada na investigação de composições a partir de princípios da audiodescrição, acontecerá em dois dias, 3 e 4 de novembro (sexta-feira e sábado), das 9h às 12h. Ambas são voltadas a qualquer pessoa – com e sem deficiência – a partir dos 16 anos. As inscrições serão feitas no local, 30 minutos antes do início das atividades. De sexta-feira a domingo, uma diferente peça estará em cena a cada data: “Audionudescrição”, no dia 3, às 19h; “Odete, traga meus mortos”, no dia 4, também às 19h; e “Judite quer chorar, mas não consegue!”, no dia 5, às 17h. Os ingressos serão distribuídos no local.

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