Conflitos de gerações nas empresas: compreendendo as diferenças e investindo em liderança humanizada

Um dos grandes desafios das empresas nos dias de hoje é integrar os profissionais mais antigos à chamada nova geração, representada pelos jovens talentos; investir em uma comunicação clara e objetiva e entender os diferentes perfis é fundamental para melhorar o relacionamento entre os colaboradores e líderes. O mundo corporativo sempre foi um ambiente repleto de dinamismo e evolução, moldado pelas constantes mudanças sociais, tecnológicas e culturais. Nas últimas décadas, diferentes gerações têm entrado no mercado de trabalho, cada uma com características, valores e expectativas distintas. E o choque entre épocas pode gerar conflitos nas empresas, impactando negativamente o ambiente de trabalho e a produtividade. Um dos principais desafios enfrentados pelas organizações hoje em dia é a integração de profissionais mais antigos, com experiência e conhecimento consolidados, à nova geração, representada pelos jovens talentos que cresceram em meio a avanços tecnológicos e que vivem em um mundo de imediatismo e conexões instantâneas. Essas diferenças vão além das preferências culturais e estilo de vida, e também se manifestam nas atitudes e comportamentos no ambiente de trabalho. Os profissionais mais experientes podem ter dificuldade em compreender os hábitos das gerações mais jovens, como a necessidade constante de feedback, o uso intenso das redes sociais e a busca por um propósito maior no trabalho. Por outro lado, os mais jovens podem perceber seus colegas mais velhos como resistentes à mudanças, desatualizados em relação às novas tecnologias e pouco abertos à inovação. Essa falta de compreensão mútua pode gerar conflitos, atritos e um ambiente de trabalho pouco harmonioso, resultando em perdas significativas na produtividade e na retenção de talentos. Uma pesquisa do Instituto Gallup aponta que 70% dos pedidos de demissão pelos colaboradores no Brasil são motivados por problemas com a liderança. O estudo indica, ainda, que esse é um problema global, com países como Estados Unidos e Europa apresentando uma média de 50% de influência dos líderes. O levantamento da plataforma de empregos INDEED confirma os dados: uma pesquisa para 500 profissionais mostrou os mesmos 70% de influência da liderança tanto para pedidos de demissão quanto para engajamento dos profissionais. A pesquisa apontou que os profissionais ouvidos tinham preferência por líderes que colaboram com seu crescimento pessoal e profissional, além do seu bem-estar e ambiente saudável no trabalho. Os índices comprovam que, mais do que se comunicar de forma assertiva, é fundamental em um ambiente de trabalho saber ouvir. “Quando você ouve, consegue entender como atender a expectativa do outro, o que ele precisa e quer de você. Por isso o líder, além de ter uma comunicação clara e assertiva, também tem que ser empático e saber ouvir”, explica o empresário e mentor em Comunicação e Liderança, Wagner Baroni. Para Wagner Baroni, é importante considerar que as diferenças entre gerações não devem ser vistas como obstáculos, mas sim como oportunidades para o crescimento e aprendizado de todos. “O colaborador também deve estar aberto ao diálogo e entender a posição do líder, e que esse gestor lida com várias situações e pessoas ao mesmo tempo”, completa.

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