7º Festival Radioca apresenta grade completa de sua programação
Nos dias 16 e 17 de dezembro, Salvador recebe a 7ª edição do Festival Radioca, que mergulha com tudo na música brasileira ao valorizar sua diversidade, misturar diferentes estilos e incentivar o público a se deparar com o novo. Serão 10 shows, cinco a cada dia, na Fábrica Cultural, no bairro da Ribeira, com programação iniciada às 14h30. A proposta é de que o público possa acolher toda a grade montada pela curadoria, que coloca a produção musical contemporânea do país como protagonista de um evento dependente de música. Ingressos estão à venda pela Ingressolive (www.ingressolive.com/7festivalradioca). Dois aniversários de 30 anos estão no lineup: a banda mineira Pato Fu, uma das mais criativas do cenário pop brasileiro, celebrando as três décadas ininterruptas de estrada, e a pernambucana Mestre Ambrósio, uma das mais importantes do movimento Manguebeat, que há quase 20 anos não se reunia nos palcos e se reencontra para festejar este marco. Shows especiais que estão circulando pelo Brasil com todo o merecido reconhecimento. Outro veterano que apresenta show inédito em Salvador será o paraibano Chico César, na turnê de seu mais recente álbum, “Vestido de Amor”: um artista de tradição e vanguarda, em constante movimento. Deste modo, o Festival Radioca cumpre uma das premissas de todas suas edições e mostra como a nova música brasileira é consequência de quem abriu portas antes, apresentando gente de referência que segue produzindo inventivamente e influenciando novas gerações. Chico ainda abrirá espaço para o “Momento Tudo Nosso Devassa”, recebendo participações do botador de boi, repentista e cantador de carimbó paraense Mestre Damasceno e da cantora e instrumentista baiana Vanessa Melo, escolhidos através desta plataforma que busca impulsionar a carreira de artistas negros. Três mulheres em carreiras solos cheias de personalidade marcam presença: a carioca Mahmundi, desejo antigo do Festival Radioca, vem pela primeira vez a Salvador com seu pop contemporâneo no show de seu quarto álbum, “Amor Fati”; a potiguar Juliana Linhares, que trafega pela música brasileira contemporânea dialogando com elementos da música tradicional nordestina na turnê de seu primeiro disco, “Nordeste Ficção”, apresentado pela primeira vez na cidade; e a também carioca Mãeana, com sua estética singular em repertório de músicas que fazem parte da sua história até aqui. Vem do Amazonas o rock psicodélico da banda Luneta Mágica, atração inédita na cidade. O grupo chega com o seu mais recente álbum, “No Paiz das Amazonas”, que traz os dilemas existentes entre a metrópole manauara e a maior floresta tropical do mundo e que teve repercussão internacional. A Bahia é representada por três shows bastante distintos e de evidente beleza. Além de sempre garantir a presença de nomes da potente cena musical baiana, o Radioca também reserva lugar, todos os anos, para a música instrumental, desta vez representada por Dr. Drumah, alcunha usada enquanto produtor de beats pelo baterista baiano Jorge Dubman, conhecido como integrante da IFÁ e outras tantas bandas e projetos. Criado pelo percussionista Luizinho do Jêje, o Aguidavi do Jêje vai chegar com seu primeiro disco recém-saído do forno, mostrando seu som afro-percussivo referendado nos toques de candomblé da nação Jeje-Mahin. E se o Festival Radioca é comprometido em apresentar o novo para o seu público, o coletivo Outras Vozes surgiu em 2023 como uma atração ideal: um bando de 11 artistas que, juntos no palco, passeiam pelo repertório autoral de cada um.
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