Morte do cineasta Toni Venturi entristece o cenário cultural do País

A Agência Nacional de Cinema (Ancine) divulgou nota neste domingo (19/5) lamentando a partida precoce do cineasta e produtor Toni Venturi, e se solidarizando com seus amigos e familiares. Venturi contribuiu imensamente para o cinema e para o audiovisual brasileiros e suas realizações serão lembradas pelas futuras gerações de profissionais da atividade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em mensagem na rede X, também registrou a importância de Toni Venturi como cineasta, diretor de filmes de ficção e documentários, e seu engajamento na defesa do audiovisual brasileiro e também nas lutas democráticas do País. "Sempre trabalhou por um cinema nacional forte, atuando para a organização e desenvolvimento do nosso setor audiovisual e por um Brasil democrático, com cultura, consciência social e solidariedade. Meus sentimentos e solidariedade para seus familiares, em especial sua esposa, Débora, e filhos Theo e Otto, amigos, colegas e admiradores", escreveu Lula. Toni Venturi morreu no sábado (18) no município de São Sebastião, no litoral de São Paulo, os 68 anos, enquanto nadava na praia da Barra do Una. Seu corpo será velado nesta segunda-feira (20/5), entre 13h e 20h, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Venturi era formado em cinema pela Ryerson University, instituição sediada na cidade de Toronto, no Canadá. No Brasil, também estudou cinema na Universidade de São Paulo (USP). Ele dirigiu diversos filmes ficcionais que transitam do drama à comédia. Sua esposa, a atriz Débora Duboc, atuou em diversos deles. Além de Débora, ele deixa os dois filhos Theo e Otto.
Latitude Zero (2002) é um de seus longa-metragens mais aclamados. Baseado na peça As Coisas Ruins da Nossa Cabeça, do dramaturgo Fernando Bonassi, ganhou prêmios em festivais nacionais e internacionais.
Outro trabalho de destaque foi Cabra-Cega (2005), que narrou a trajetória de dois jovens militantes durante os anos da ditadura militar. O título foi exibido em diversos eventos cinematográficos. No 37º Festival de Brasília, por exemplo, arrematou os prêmios de direção, roteiro e do público.
A filmografia de Toni Venturi inclui ainda Estamos Juntos (2011) e A Comédia Divina (2017). Como documentarista, um de seus principais trabalhos é O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes (1997). Foi o vencedor da primeira edição do festival É Tudo Verdade e também foi agraciado em outros eventos nacionais. Fora do país, recebeu prêmio em Cuba.
Outro documentário de destaque foi Rita Cadillac – A Lady do Povo (2010). Em parceria com o arquiteto franco-argentino Pablo Georgieff, dirigiu Dia de Festa (2005), que documenta a liderança de quatro mulheres no movimento dos sem-teto da cidade de São Paulo.
Com informações da Agência Brasil

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