Inteligência artificial gera mudanças para a profissão de corretor de imóveis

O Dia Nacional do Corretor de Imóveis, celebrado nesta terça-feira, 27 de agosto, suscita a pensar sobre o futuro da profissão, que, assim como muitas outras, se encontra em uma encruzilhada entre o avanço da tecnologia e a importância do relacionamento humano.
A profissão chega aos 62 anos de regulamentação na data em ascensão e já superou os 630 mil profissionais segundo dados do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).
O crescimento da categoria é sustentado pelas proporções continentais do País, o alto déficit habitacional, as necessidades de novos espaços, a segurança jurídica do patrimônio imobiliário, que já movimentam 9,4% do PIB, segundo dados da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança, mas tem muito a crescer quando se compara com países desenvolvidos.
Ao mesmo tempo, existe uma crise de identidade em curso na categoria. Os profissionais do setor imobiliário convivem agora com uma nova colega, para a qual muitos ainda torcem o nariz: a inteligência virtual. Avatares estão sendo integradas às rotinas de atendimento do consumidor no lugar do atendimento que outrora era exclusivo do corretor de imóveis."Toda tecnologia causa estranheza no início, mas ela deve ser abraçada como uma ferramenta para melhorar o atendimento e a eficiência e a produtividade", garante o founder da startup goiana Acelériun Hub de Inovação, Marcus Ferreira. Ele desenvolveu a Corretora.ai, que já está presente em 16 estados brasileiros.
"Ela é capaz de responder às perguntas sobre o imóvel, como descrição, informações sobre o bairro, preço, enviar imagens, tudo em um diálogo fluído, que se assemelha a uma conversa entre pessoas", explica Marcus Ferreira.
As Corretoras.ai estão sendo utilizadas pelas imobiliárias e incorporadoras para fazer o atendimento digital ao cliente, que hoje é a primeira forma de contato da maioria de consumidores que começam a procurar um imóvel. Ela é capaz de informar em poucos segundos toda a disponibilidade de um determinado imóvel em um bairro, cruzar dados e fazer filtros específicos para selecionar com mais assertividade as ofertas que se encaixam ao que o consumidor procura.
"Então, o corretor não vai mais vender um imóvel porque sabe de duas ou três ofertas específicas que o restante de seus colegas de mercado não sabem. A inteligência virtual vai saber de tudo isso", continua.

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