Largo do Arouche se transformou em território de traficantes e ladrões

Eu moro na região central e o escritório da minha agência fica no mesmo local. Além disso, de uns tem pra cá senti essa necessidade e sou bastante presente no Conseg e no PVS do Centro. Com a autorização dos envolvidos, quero compartilhar um relato que pode se transformar em uma pauta. Arrisco a afirmar que puxando essa ponta do iceberg, essa história pode se tranformar em algo grande.
Replico baixo mensagem que recebemos na íntegra no grupo do Conseg Centro.
"Este aqui é Franklin, ele tem 27 anos é meu companheiro. Ontem por volta das 23 horas ele parou no Arouche para comer um lanche, ao terminar se levantou e foi golpeado pelas costas, vários bandidos, foi roubado, espancado, sofreu homofobia. O estado dele? Em choque, chorando o tempo todo, o dinheiro de uma semana de trabalho autônomo foi levado, seu celular adquirido em suaves prestações foi levado, mas o pior o mais grave, levaram dele o sentimento de ser Brasileiro, levaram dele a alegria de viver nesta cidade, levaram dele a dignidade, e etc.. Triste demais lutarmos contra a violência para ajudar a cidade e quando menos esperamos somos vítima desta violência que lutamos tanto para acabar".
À mensagem acima eu tomo a liberdade de acrescentar algumas informações. O local conta com um trailer de lanches estacionado todas as noites bem na esquina da Rua Bento Freitas com o Largo do Arouche, conta até com mesas na calçada. Foi ali que o Franklin parou para comer e, provavelmente, ficou sendo observado de longe até se levantar para ir embora e foi atacado há poucos passos dali. Em anexo, envio fotos tiradas da vítima ao chegar em casa. Em uma das imagens podemos vê-lo chorando, não apenas pelo roubo, mas pela humilhação. Ele repetia que não se negou a entregar nada aos bandidos (que levaram tudo) e, mesmo assim, foi agredido. Um detalhe que também quero acrescentar: há algunas semanas a polícia instalou uma base móvel na Av. São João, numa posição totalmente questionável, já que ficam escondidos e num lugar onde não há movimento. Questionei na reunião do PVS porque estavam exatamente naquele lugar, sem visão do Arouche que é nosso ponto mais crítico. A resposta é que estão ali por uma demanda do Hotel San Raphael. Oras, e a demanda da sociedade que implora a base no Arouche, onde o tráfico e bandidos continuam circulando normalmente?
Você acha que pode render pauta para vocês e ser mais um apoio na nossa luta contra a violência na região que, por ser período de eleição, nosso prefeito e nosso governador insistem em afirmar que o Centro está seguro, mas isso é uma mentira. Está cada vez pior e eu que vivo aqui 24 por dia, sete dias por semana, posso afirmar.
Obrigado, Antonio.

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