Nas últimas 72 horas, o volume de chuva em São Paulo sobrecarregou a infraestrutura urbana, levando ao tombamento de postes na grande São Paulo e deixando moradores sem energia na tarde desta sexta-feira (8). Em meio aos riscos trazidos por esses incidentes, o deputado federal Marcelo Crivela defende o enterramento dos fios elétricos, destacando que a medida pode reduzir acidentes e custos, além de garantir mais segurança à população. Brasil, novembro de 2024: São Paulo enfrenta um período crítico de chuvas intensas nas últimas 72 horas, aumentando os riscos energéticos e de deslizamentos em várias áreas da cidade. Nesta sexta-feira (8), o Departamento de Trânsito precisou interditar um trecho da pista sentido Cotia da Avenida São Camilo, na Granja Viana, após o tombamento de postes de energia devido ao solo encharcado, que cedeu e comprometeu a segurança local. Esse incidente ocorreu em meio a uma obra de duplicação da avenida, realizada pela Prefeitura de Cotia, que visa aumentar a largura da via para 7 metros em um trecho de 520 metros. Com orçamento de R$ 16,7 milhões e início em abril de 2023, o projeto inclui melhorias no asfalto, construção de calçadas e um novo sistema de drenagem. Contudo, o sistema de postes suspensos instalado na calçada não resistiu às condições adversas do solo e tombou, deixando os moradores da região sem energia desde as 15h e expondo o risco estrutural do sistema elétrico suspenso em dias de chuva intensa.Para oferecer uma solução definitiva a problemas como esse, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei proposto pelo deputado federal Marcelo Crivela, que defende o enterramento dos fios elétricos como forma de aumentar a segurança e evitar prejuízos durante períodos de instabilidade climática. “O sistema de fiação aérea tem demonstrado sua vulnerabilidade ano após ano, com quedas de postes, quedas de árvores e interrupções que causam transtornos e prejuízos à população. A proposta de enterrar os fios não só traz segurança aos moradores como representa um avanço na infraestrutura urbana, reduzindo acidentes e o custo de manutenção,” afirma o deputado Crivela.
Atualmente, menos de 1% da rede elétrica no Brasil é subterrânea, com São Paulo tendo apenas 60 quilômetros de cabos aterrados, enquanto cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm 11% e 2%, respectivamente. Em contraste, cidades como Londres e Paris começaram a enterrar seus fios no século XIX e hoje possuem grande parte de suas redes no subsolo, com Londres em andamento para tornar todo o sistema subterrâneo. Nova York já possui 71% de seu cabeamento enterrado, e Buenos Aires vem avançando na substituição desde a década de 1950.
Crivella enfatiza que o debate sobre a privatização do setor de energia, que voltou a ganhar força, precisa ser ampliado. "Creio que é fundamental irmos além e focarmos na raiz do problema", destacou. Para ele, o maior desafio está na fase de distribuição, onde a maioria das redes ainda é aérea, com cabos e transformadores expostos às condições climáticas severas, como as tempestades violentas que têm se tornado mais frequentes.
Se aprovado, o projeto deve transformar a forma como São Paulo e outras cidades enfrentam as consequências das chuvas intensas, garantindo mais estabilidade na rede elétrica e menos riscos para os cidadãos.
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