Mas então, digamos que você construiu seu “dream team” diversificado: o que vem depois? A contratação não é uma solução milagrosa, o que mais vai importar é o pós, é a gestão dos funcionários - uma equipe de gestão que se preocupa em ser criativa, também precisa olhar para o ambiente que está promovendo para os colaboradores. E é aqui que muitas empresas derrapam. Segundo a consultoria Korn Ferry, o erro da maioria das gestões, é contratar pessoas de grupos minoritários, mas não levar a pauta a sério. Estabelecer “cotas” de contratação, pensando na diversidade, mas não se preocupar em capacitar e reter os funcionários, além de não proporcionar um ambiente acolhedor, só irá afundar a reputação da empresa – e espantar os talentos valiosos.
A gestão criativa e a inovadora andam lado a lado. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), uma cultura de inovação é composta por 8 pilares. São eles: oportunidades, ideação, desenvolvimento, execução, avaliação, cultura organizacional e recursos. Essas palavrinhas, resumidamente, aplicadas no dia a dia, irão possibilitar que a sua empresa esteja a par do mercado, pronta para encarar os desafios que surgem. É olhar, primeiro, para dentro - garantir que os processos, metas, colaboradores, organização e valores, estão alinhados e funcionando bem. Só assim as estruturas irão prosperar com os crescentes desafios do mercado.
Estamos na era da Inteligência Artificial (IA). Hoje, em poucos segundos, conseguimos pedir para a tecnologia atender a (quase) todos os nossos pedidos. Com alguns cliques, qualquer pessoa com acesso a essas ferramentas, consegue criar os mais diferentes pensamentos. Mas, em meio a tanto avanço, é essencial relembrar que a tecnologia atua como aliada, e não como substituta à mente humana. O trabalho proveniente de um time formado por diferentes talentos, não deve ser subestimado. Empresas que entendem a importância de formar um time criativo de pessoas e investir nos recursos necessários para melhorar a qualidade do trabalho, se sobressaem no mercado.
Uma equipe de gestão que se preocupa com essas questões, deve acompanhar tendências e ter líderes que são adeptos à inovação, além de engajar a equipe e estimular a criatividade, e prezar pela diversidade e inclusão de profissionais. Esses são hábitos que devem ser postos em prática para atingir um ambiente propício para a criatividade se manifestar. Se a sua empresa não investir e nem acompanhar o que o mercado está pedindo (como inovação, criatividade e originalidade), ela deixa de existir. Essa é a verdade nua e crua – basta lembrar de grandes nomes do mercado, que faliram porque “pararam no tempo”.
A lição mais valiosa que tenho aprendido nos últimos anos, liderando um time latino-americano em uma empresa de soluções em tecnologia, é que precisamos nos reinventar sempre. Sair da zona de conforto é um desafio e tanto, mas é o que precisamos fazer o tempo inteiro – e às vezes nem nos damos conta de como essas mudanças podem acontecer de forma natural. Quando entendemos a necessidade de nos adaptar no cenário em que estamos inseridos, ao invés de lutar contra esse movimento, é quando conseguimos evoluir.
*Hélcio Lenz é Managing Director da Körber Supply Chain Software na América Latina.
Saiba mais em: https://www.koerber-supplychain-software.com/en
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