Os impactos do temporal evidenciam desafios estruturais que afetam diretamente a população. Sobre isso, o deputado federal Marcelo Crivella destacou: “O impacto das chuvas vai muito além dos transtornos imediatos. Estamos falando de perdas de alimentos em geladeiras devido à falta de energia, pessoas presas em elevadores por conta de apagões, alagamentos que deixam famílias ilhadas e comprometem a mobilidade urbana, prejuízos no comércio que dependem de refrigeração para manter estoques e até interrupções em serviços essenciais, como hospitais e transporte público. O sistema aéreo de distribuição elétrica tem mostrado cada vez mais a sua vulnerabilidade diante das adversidades climáticas, expondo a necessidade urgente de modernização e resiliência da nossa infraestrutura elétrica”, enfatizou. Menos de 1% da rede elétrica brasileira é subterrânea. Em São Paulo, apenas 60 quilômetros de cabos estão enterrados. Já no Rio de Janeiro, 11% da rede é subterrânea, enquanto Belo Horizonte tem 2%. No cenário internacional, o contraste é ainda mais evidente: Londres e Paris começaram a enterrar seus fios no século XIX, e Nova York já possui 71% de sua rede subterrânea. A implementação de redes subterrâneas em São Paulo, no entanto, esbarra nos custos elevados. A Prefeitura estima que apenas a região central demandaria investimentos de aproximadamente R$ 20 bilhões. Mesmo assim, Crivella defende que os benefícios compensam os gastos. “Além de evitar apagões, o sistema subterrâneo reduz furtos de energia e cabos, melhora a segurança pública e gera economia em longo prazo”, explicou. O deputado relembrou o Projeto de Lei nº 37/2011, de sua autoria, que obrigaria as concessionárias a substituir redes aéreas por subterrâneas em cidades com mais de 100 mil habitantes. Arquivado na época, Crivella lamenta a oportunidade perdida: “Se tivesse sido aprovado, hoje contaríamos com uma rede mais segura e eficiente”. Especialistas e parlamentares argumentam que a crise energética atual deve ser um alerta para a necessidade urgente de modernização do setor elétrico, especialmente em um contexto de mudanças climáticas e tempestades mais frequentes. “Precisamos de uma rede de distribuição à altura dos desafios impostos pelas crises climáticas, que assegure um fornecimento estável e seguro para todos”, concluiu Crivella. O debate sobre redes subterrâneas deve continuar a ganhar força, unindo esforços entre gestores públicos, concessionárias e sociedade civil para modernizar a infraestrutura energética de São Paulo e do Brasil.
Ainda sem luz: 6 mil imóveis seguem no escuro 30 horas após temporal em SP
Os impactos do temporal evidenciam desafios estruturais que afetam diretamente a população. Sobre isso, o deputado federal Marcelo Crivella destacou: “O impacto das chuvas vai muito além dos transtornos imediatos. Estamos falando de perdas de alimentos em geladeiras devido à falta de energia, pessoas presas em elevadores por conta de apagões, alagamentos que deixam famílias ilhadas e comprometem a mobilidade urbana, prejuízos no comércio que dependem de refrigeração para manter estoques e até interrupções em serviços essenciais, como hospitais e transporte público. O sistema aéreo de distribuição elétrica tem mostrado cada vez mais a sua vulnerabilidade diante das adversidades climáticas, expondo a necessidade urgente de modernização e resiliência da nossa infraestrutura elétrica”, enfatizou. Menos de 1% da rede elétrica brasileira é subterrânea. Em São Paulo, apenas 60 quilômetros de cabos estão enterrados. Já no Rio de Janeiro, 11% da rede é subterrânea, enquanto Belo Horizonte tem 2%. No cenário internacional, o contraste é ainda mais evidente: Londres e Paris começaram a enterrar seus fios no século XIX, e Nova York já possui 71% de sua rede subterrânea. A implementação de redes subterrâneas em São Paulo, no entanto, esbarra nos custos elevados. A Prefeitura estima que apenas a região central demandaria investimentos de aproximadamente R$ 20 bilhões. Mesmo assim, Crivella defende que os benefícios compensam os gastos. “Além de evitar apagões, o sistema subterrâneo reduz furtos de energia e cabos, melhora a segurança pública e gera economia em longo prazo”, explicou. O deputado relembrou o Projeto de Lei nº 37/2011, de sua autoria, que obrigaria as concessionárias a substituir redes aéreas por subterrâneas em cidades com mais de 100 mil habitantes. Arquivado na época, Crivella lamenta a oportunidade perdida: “Se tivesse sido aprovado, hoje contaríamos com uma rede mais segura e eficiente”. Especialistas e parlamentares argumentam que a crise energética atual deve ser um alerta para a necessidade urgente de modernização do setor elétrico, especialmente em um contexto de mudanças climáticas e tempestades mais frequentes. “Precisamos de uma rede de distribuição à altura dos desafios impostos pelas crises climáticas, que assegure um fornecimento estável e seguro para todos”, concluiu Crivella. O debate sobre redes subterrâneas deve continuar a ganhar força, unindo esforços entre gestores públicos, concessionárias e sociedade civil para modernizar a infraestrutura energética de São Paulo e do Brasil.
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