Dirceu assistiu sessão ao lado da família

SÃO PAULO - O ex-ministro José Dirceu assistiu ontem ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) em sua casa, na Zona Sul de São Paulo, acompanhado por 15 pessoas, entre elas as duas filhas, o irmão Luís Eduardo, a ex-mulher Maria Ângela Saragoça e a cineasta Tata Amaral, que realiza um filme sobre ele. O ex-ministro acompanhou toda a sessão do STF e fez poucos comentários sobre o julgamento, mas assentiu positivamente quando os ministros Luis Roberto Barroso e Teori Zavascki deram seus votos pela aceitação dos embargos infringentes. "Bom, bom", disse quando o primeiro votou. Segundo relatos, o petista deu a impressão de uma alegria contida pelo placar favorável que não esperava.
Uma amiga, que não quis se identificar, lhe deixou na portaria um caderno e uma caneta. Outro lhe deu uma cachaça, que Dirceu recebeu e guardou.
Um dos que estava no local durante a sessão do STF foi o advogado e amigo da família Pedro Maciel. Ele comparou o caso do ex-ministro petista ao de grandes líderes da história do Brasil.
"Esse rótulo (da corrupção) já colaram em Getúlio Vargas, em João Goulart, em Juscelino Kubitschek e agora infelizmente colaram no Zé Dirceu", disse o advogado Pedro Maciel, que reclamou da espetacularização do caso de José Dirceu.
Pedro Maciel usou o caso Siemens, em que membros do PSDB de São Paulo são citados, como contraponto. O advogado disse também que Dirceu já estava condenado antes do julgamento começar.
"José Dirceu já estava condenado, tanto que foi necessário importar teoria, refazer entendimento jurisprudencial", colocou. O amigo do petista reclamou ainda da gestão de Roberto Gurgel à frente da Procuradoria Geral da República (PGR).
"Sob a coordenação de Roberto Gurgel, a Procuradoria prestou o papel que se aproximou daquilo de mais fascista na história moderna da humanidade", criticou o advogado Pedro Maciel.
Jornal do Commercio (Política)

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