Novo sistema de cultivo de erva-mate pode aumentar a produtividade em até 160%
Novo sistema é resultado de estudo, que testou o cultivo de erva-mate em condições de superadensamento com mais de 25 mil plantas por hectare. O Cevad Campo usa também o dobro de nitrogênio no cultivo, o que proporciona incremento de 86% na produtividade total de folhas. Um estudo de viabilidade econômica mostrou que, apesar do investimento inicial ser alto, o retorno financeiro anual estimado foi de até oito vezes o obtido pelo sistema convencional. O sistema possui elevado potencial de mecanização das colheitas, com custo cerca de um terço inferior ao convencional. A redução no tempo entre as colheitas aumenta a proporção de ramos e folhas jovens, que apresentam maiores teores de compostos bioquímicos, abrindo novos mercados para a cultura. Apesar de sua importância econômica, ecológica e social, o cultivo de erva-mate ainda carece de informações importantes e alternativas aos sistemas convencionais de produção de biomassa. Os resultados desse estudo colaboram com o desenvolvimento de um novo sistema de cultivo de erva-mate, com alta densidade de plantio e adequada fertilização com nitrogênio. Um novo sistema de cultivo de erva-mate, denominado Cevad Campo, é capaz de aumentar em até 160% a produtividade em apenas quatro anos após o plantio, em condições de superadensamento formado por mais de 25 mil plantas por hectare. Tradicionalmente, a espécie é cultivada em áreas naturais, em sistemas agroflorestais ou em monocultivos com espaçamentos de plantio em baixa densidade (que variam de 1,9 mil a 2,8 mil plantas por hectare). Outro diferencial do Cevad Campo é que utiliza maior quantidade de nitrogênio no plantio, proporcionando incremento de 86% na produtividade total de folhas e grande quantidade de ramos e folhas jovens, o que impacta no aumento de biomassa e abre novos mercados para a cultura. O novo sistema é resultado da tese de doutorado defendida pela aluna Mônica Gabira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sob orientação do pesquisador Ivar Wendling, da Embrapa Florestas (PR). Segundo o também pesquisador da Unidade José Mauro Moreira, a avaliação econômica realizada sobre o Cevad Campo mostrou que, inicialmente, a implantação exige um investimento maior devido ao grande número de mudas necessárias, mas, após quatro anos, começa a gerar fluxo positivo de caixa e, após oito anos, retorna o capital investido na cultura, além de apresentar um potencial de ganho líquido anual de até oito vezes o retorno do sistema convencional.
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