Painel do Instituto Projeto Cura no 10º Congresso TJCC reafirma a importância das pesquisas

 

Com as presenças de Dra. Heloisa Resende, Médica Oncologista e Presidente do Comitê Científico do Cura; Sr. Claudiosvam Martins Alves de Sousa, Coordenador de Pesquisa Clínica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA; Dr. Ricardo Caponero, Oncologista Clínico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Mestre em oncologia molecular, Coordenador do Comitê de Cuidados Paliativos da SBOC, Presidente do Conselho Técnico Científico da FEMAMA e Coinvestigador de estudos clínicos; e Ana Cristina Angrisano, paciente de pesquisa clínica oncológica; os debates mostraram não só na teoria, mas também na prática com o depoimento de uma paciente oncológica em tratamento através de pesquisa clínica, o quão importantes e capazes de reverter um cenário elas são, garantindo sobrevida com qualidade e controle desse tipo da doença. Conforme citado por Dr. Ricardo Caponero, “os estudos não só precisam mostrar que funcionam, mas também que sejam benéficos aos pacientes e, para tal, precisamos de mais pesquisas”.

Na sua explanação, Claudiosvam Martins, Coordenador de Pesquisas da ANVISA, reforçou a tese dizendo que “ainda há um espaço gigantesco para investimentos em pesquisas no Brasil, principalmente provenientes de investimentos nacionais, de empresas brasileiras”. Impacto da Pesquisa Clínica no Brasil A apresentação da Dra. Heloísa Resende teve foco na pesquisa Neosamba, da qual ela também é uma das pesquisadoras através do Centro de Pesquisa Jardim Amália, em Volta Redonda (RJ). O estudo hoje está na fase 3, recrutando 500 pacientes, coordenada pelo LACOG - Latin American Cooperative Oncology Group, reunindo 19 centros de pesquisas, em diversas cidades brasileiras. A pesquisa busca confirmar se a nova sequência de tratamento (taxanos e antraciclinas), com drogas já disponíveis no SUS em mulheres diagnosticadas com câncer de mama tipo HER2 negativo, com quimioterapia neoadjuvante (antes da cirurgia), mostram aumento da sobrevida livre da doença e da sobrevida global das mulheres portadoras dessa patologia. A médica oncologista ainda mostrou que em cânceres de mama, 27% dos casos já são encontrados em estágios avançados e fez o questionamento: - “será que posso confiar naquela sequência de tratamento que tenho com a doença nesta fase?”, mostrando, assim, a relevância de se repensar o protocolo padrão utilizado e o impacto dela. Encabeçada pelo Dr. José Bines, investigador principal do estudo, que apresentou na ASCO em 2018 a fase 2 dessa pesquisa Neosamba, realizada no Instituto Nacional de Câncer – INCA, com 118 pacientes, evidenciou grandes benefícios na inversão do protocolo padrão e, com as ações do Instituto Projeto Cura, está sendo possível levar adiante esse estudo, que terá um impacto global. Para saber mais sobre o trabalho do Instituto Projeto Cura, acesse https://projetocura.org/ 

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