Congresso sobre regularização do mercado de crédito consignado reúne 15 mil pessoas


O mercado de crédito consignado tem papel fundamental no fortalecimento da economia brasileira, movimentando bilhões de reais e garantindo que as pessoas mais pobres tenham acesso a crédito mais barato. Apesar da importância do segmento, o setor ainda vive às margens do sistema financeiro, sem regulamentação ou normas que assegurem o bom funcionamento da atividade. Apresentar propostas para unir as classes que representam os correspondentes bancários para garantir a mobilização política necessária para mudar este cenário foi o foco principal do 2º Congresso de Correspondentes Bancários e Promotoras de Crédito do Brasil (Corban), realizado neste final de semana, em São Paulo. O evento reuniu autoridades, especialistas do setor e um público de mais de 15 mil pessoas que acompanharam os debates simultaneamente e ao vivo. 
“Oferecer crédito é essencial para estimular o consumo e fortalecer a economia do Brasil. O crédito consignado atende diretamente os pais pobres. É uma injeção de consumo na veia, imediata e que ativa a economia”, apontou o deputado federal Orlando Silva que se dispôs a apoiar o movimento que garanta uma legislação para o setor.
Edison João Costa, presidente da Associação Nacional das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes no País (ANEPS), apresentou números que demonstram a importância do segmento na inclusão financeira de milhares de brasileiros. “O número de agências é cada vez menor e as que se mantêm estão se tornando verdadeiras boutiques. Na contramão dessa realidade, o número de correspondentes bancários vem aumentando e absorvendo a demanda deixada pelos bancos”, comentou.
“Regulamentação já é o grito de guerra de milhares de correspondentes bancários que, apesar de serem responsáveis por mais de 50% de todo o crédito consignado liberado no país, ainda enfrentam a desvalorização e a ausência de regulamentação que os proteja. A urgência é real. sem regras claras, o setor segue vulnerável a golpes que prejudicam tanto os consumidores quanto os próprios correspondentes bancários”, comenta Yasmin Melo, organizadora do evento e fundadora do Movimento Gigantes do Consignado.
O Congresso também abordou os prejuízos ao setor causados pela chamada advocacia predatória, que vem realizando uma verdadeira perseguição ao segmento, com um número cada vez maior de processos infundados. Também abordou a criação da Frente Parlamentar Mista dos Correspondentes Bancários, iniciativa que busca fortalecer o setor, promovendo boas práticas e garantindo transparência e segurança nas operações financeiras. O lançamento está previsto para acontecer nesta quarta-feira, 23/10.
Além da necessidade de regularização do setor, o 2º Congresso Corban também apresentou aos participantes as principais novidades em tecnologia, para melhorar a produtividade e qualidade das operações, além de painéis que discutiram a importância do marketing e de uma comunicação eficiente para o crescimento dos negócios.
E a terceira edição do Congresso Corban já tem data para acontecer. Será em abril de 2025. Yasmin Melo promete uma mobilização ainda maior e muitas novidades para o setor.

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