Seu Jorge e Alexandre Pires se apresentam no Espaço Unimed

Celebrando diversas apresentações com ingressos esgotados pelo país, Alexandre Pires e Seu Jorge retornam à cidade de São Paulo com a já consagrada turnê do projeto “Irmãos”, eleito o "Melhor Show" no Prêmio Multishow 2022. Após dois shows com ingressos esgotados no Carnaval deste ano, os artistas voltam a subir ao palco do Espaço Unimed para mais duas novas performances. As apresentações acontecem nos dias 17 e 18 de junho (sábado e domingo). Os ingressos custam a partir de R$100,00 e já estão à venda pelo site da ticket360.com e pontos autorizados. Mais informações no serviço abaixo. “Irmãos” é uma verdadeira homenagem à amizade e à história entre Seu Jorge e Alexandre Pires, que colocaram em prática o antigo sonho de uma parceria musical. A ideia do projeto inédito começou a crescer durante a

ITABUNA - MENOR É FLAGRADO POR DIREÇÃO PERIGOSA E PAI VEREADOR TENTA INTIMIDAR PMS


Na última quarta-feira, 07, uma equipe do 15ª Batalhão da Polícia Militar realizava uma ronda no bairro Santo Antônio, em Itabuna, quando presenciou um motociclista executando manobras perigosas, incluindo empinar a motocicleta. A equipe decidiu fazer o acompanhamento do veículo e, após uma perseguição, conseguiu alcançá-lo. Ao abordar o motociclista, foi constatado que se tratava de um menor de idade. Nesse momento, o pai do jovem, identificado como senhor Francisco Gomes, vereador filiado ao PSD, aproximou-se exaltado, tentando intimidar a guarnição ao afirmar ser vereador. Ele exigiu que o filho e a motocicleta fossem liberados, alegando privilégios por sua posição política. Diante da situação, a equipe policial teve que agir com firmeza e autoridade para conter o genitor e garantir o cumprimento da lei. O motociclista infrator foi conduzido à Central de Polícia Interativa (CPI) para que as medidas cabíveis fossem tomadas.

Delegacia Regional de Estância deu início a operação para retirar veículos apreendidos do pátio da unidade

A Delegacia Regional de Estância deu início nesta quarta-feira, 7, a ação para remover do pátio da unidade policial veículos apreendidos em diversas operações policiais. A ação consiste no encaminhamento ao Detran/SE de veículos sem registros policiais e identificação veicular, assim como a solicitação de exames periciais ao Instituto de Criminalística para identificação veicular, com o intuito de encontrar os seus proprietários e proceder à devolução. Nesta primeira fase, foram encaminhadas 15 motocicletas ao Detran/SE, aos cuidados da empresa Barradas & Queiroz. Além da destinação dos referidos bens, a ação visa promover a limpeza sanitária do local, afastando insetos causadores de doenças, gerando melhorias no local de trabalho dos servidores policiais e da população assistida.

Polícia Civil localiza foragido da Justiça em Cristinápolis

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Municipal de Cristinápolis, realizou uma operação na manhã desta quinta-feira, 8 de junho, para cumprir um mandado de prisão contra um homem suspeito de envolvimento em, pelo menos, dois homicídios na cidade localizada no sul de Sergipe. De acordo com o delegado Daniel Mattos, o foragido identificado como Jusinaldo Rumão dos Santos, conhecido como Gago, já havia sido condenado há 18 anos de prisão por um homicídio ocorrido em Cristinápolis, mas saiu do sistema prisional, beneficiado com uma saída temporária na Páscoa e não retornou na data estipulada. “Desde então, ele vinha amedrontando a comunidade local”, assegurou o delegado. A operação para prender o foragido seguia normal, “mas quando os policiais se aproximaram foram recebidos com extrema violência por parte de Gago, que reagiu atirando contra a equipe. Em legítima defesa e visando proteger suas vidas, os policiais responderam aos disparos. Gago foi atingido e socorrido, porém veio a falecer no hospital”, destacou Mattos. A Polícia Civil informa que qualquer informação sobre atividades criminosas deve ser repassada pelo 181. O sigilo é garantido.

PC-CE prende homem e recupera 18 aparelhos celulares furtados e roubados em Fortaleza

Um trabalho investigativo da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), por meio do 27° Distrito Policial (27° DP), resultou na prisão de um homem, de 29 anos, suspeito do crime de receptação. Wesley Paiva da Silva foi capturado em um estabelecimento comercial, no bairro Centro – Área Integrada de Segurança 4 (AIS 4) de Fortaleza. Na ofensiva, 18 aparelhos celulares, que seriam oriundos de roubos e furtos, foram apreendidos. A investigação teve início após um Boletim de Ocorrência (BO) ser registrado em abril deste ano. Na ocasião, dois aparelhos celulares haviam sido roubados no bairro João XXIII. Com as diligências policiais, foi possível localizar o telefone em questão, que estava na posse de outra pessoa que indicou ter comprado o celular em um estabelecimento comercial no Centro de Fortaleza. Conforme a apuração, esse estabelecimento comercial estaria comercializando aparelhos celulares com queixas de roubos e furtos. No endereço indicado, Wesley Paiva, que já possui passagem por crime contra a administração pública, foi localizado e preso. Durante as diligências, 18 celulares e uma quantia em dinheiro foram apreendidos. O material e o suspeito foram encaminhados para a unidade policial, onde Wesley foi autuado em flagrante por receptação. Um dos aparelhos celulares já foi restituído para a vítima. A PC-CE segue com as investigações com o intuito de identificar outros envolvidos no crime.

Jarbas Passarinho, o bispo, a Constituição e os direitos indígenas

Giovana Girardi
giovana.girardi@apublica.org
Chefe da Cobertura Socioambiental
A discussão retomada nesta quarta-feira, 7, no plenário do Supremo Tribunal Federal sobre o marco temporal para terras indígenas me fez lembrar uma história que ouvi há quase dois anos e que ajuda a ilustrar o que está em jogo. Um dos personagens chave para o artigo sobre direitos indígenas ter saído como está na Constituição de 1988 foi o senador Jarbas Passarinho (então PDS-PA), que propôs uma emenda definindo que os indígenas teriam direito às terras que “tradicionalmente ocupam”. Em sua justificativa, como mostrou ontem uma reportagem de O Globo, Passarinho explicou que da forma como o texto do artigo tinha sido proposto inicialmente – com a expressão de “posse imemorial” –, prejudicaria “irreversivelmente” as comunidades indígenas “já vitimadas por processos de transferência forçada”. Ou seja, ele quis evitar que ficassem sem direitos aqueles que tinham sido expulsos e não estavam presentes em suas terras no momento da promulgação da Constituição – exatamente o que está sendo debatido agora. O Congresso da época acatou. “ Os motivos que fizeram Passarinho – um político que fora ministro da ditadura militar, tendo inclusive assinado o famigerado AI-5 – assumir essa liderança eu imagino que sejam muitos, mas tem um episódio de sua vida pessoal que deve ter colaborado. E envolve sua mulher e um bispo austríaco radicado no Brasil. Tomei conhecimento dessa história quando estava trabalhando na apuração do podcast Tempo Quente, da Rádio Novelo, que foi ao ar há um ano. Estava em Altamira, no Pará, e fiz uma entrevista com d. Erwin Krautler, bispo emérito do Xingu, que testemunhou alguns dos episódios mais marcantes da história da ocupação da Amazônia, como a construção da Transamazônica e da usina de Belo Monte. Assim como o extermínio dos povos tradicionais. Com esse histórico, d. Erwin auxiliava o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) em uma espécie de lobby que era feito entre parlamentares que faziam parte da Assembleia Constituinte no fim dos anos 80 para que eles garantissem os direitos indígenas na nova Carta que estava sendo elaborada. D. Erwin contou que já tinha percebido que não tinha como só conversar com a esquerda, que parecia mais propensa à causa. Era preciso envolver também o centro político, e Passarinho representava o grupo. No meio das discussões, a mulher do senador, Ruth de Castro Gonçalves Passarinho, morreu em Belém. D. Erwin estava em Altamira, e foi solicitado pelo prefeito da cidade, amigo de Jarbas, a celebrar uma missa pela alma de Ruth na catedral da cidade. “Ele era amigo do meu tio, d. Eurico, mas eu não mantive uma amizade com ele, porque eu me lembro do AI-5 e da posição dele naquele tempo e eu nunca entendi, porque ele era uma pessoa íntegra. Mas no AI-5, diante da tortura, eu esperei que ele tomasse uma posição a partir da filosofia humanista que ele defendia, que ele gritasse um chega, um basta para essa carnificina. Isso até hoje eu não entendo por que o Jarbas Passarinho naquele tempo não se levantou e gritou ‘basta’, mas a história foi assim”, lembrou d. Erwin. "Então morreu a dona Ruth. Era um casal que se amava, isso eu sabia. E a morte de dona Ruth pra o Jarbas foi horrível, criou uma tristeza tremenda”, continuou o bispo, que fez a missa. “A mão de Deus estava sobre mim [naquele dia], o Evangelho era 'deixai as criancinhas vir até mim', e eu agradeci a dona Ruth tudo que ela fez pelas crianças desvalidas e abandonadas. Muitas creches até hoje têm o nome dela, de fato ela se empenhava muito em favor da criança desvalida.” Apenas alguns dias depois, d. Erwin tinha de ir para Brasília e, por coincidência, o senador estava no avião. Durante o voo, o bispo foi dar suas condolências. “Eu só disse 'senador', ele tirou o cinto, levantou, me abraçou e chorou e chorou mesmo. Ele me disse que agradecia penhoradamente as minhas palavras e eu disse que falaria de novo e em tudo quanto é canto, porque é a mais pura verdade. Quando cheguei a Brasília, dois advogados do Cimi me esperavam e perguntaram se eu conhecia o Jarbas Passarinho", conta d. Erwin. Os advogados perceberam a chance de ouro: "O sr. tem de falar com ele. É questão de vida ou morte". D. Erwin ficou receoso, queria respeitar o luto, mas concordou em ligar pro senador e pedir pra falar com ele. "É assunto da Constituinte", disse. Passarinho o recebeu naquela mesma noite. “O senhor nasceu no Acre, foi governador do Pará, é senador pelo Pará, então o Acre e o Pará, por assim dizer, são as duas colunas que sustentam a Amazônia. Então o sr., como filho dessa terra, tem a obrigação moral de defender os povos originários, e os direitos deles têm que ser ancorados na Constituição Federal", lhe disse o bispo. Passarinho ouviu, assentiu, e depois ainda escutou o que tinham para acrescentar os advogados do Cimi. “Fato é que depois de algum tempo ele fez o discurso inflamado no Congresso dos Constituintes, defendendo a causa indígena", concluiu d. Erwin. “Foi uma vitória, pra mim foi um milagre.” Foi de fato uma vitória. O texto, como proposto pelo senador, foi aprovado por 497 votos a favor e apenas 5 contra. Fico imaginando se fosse hoje. Não preciso pensar muito. Um projeto de lei que institui o marco temporal e outros retrocessos foi aprovado na Câmara há uma semana, fortemente apoiado pela bancada ruralista. Foram 155 votos contra e 283 a favor, entre eles de Joaquim Passarinho (PL-PA), sobrinho de Jarbas. O PL aprovado na Câmara aguarda, agora, tramitação no Senado. E o STF, após voto de Alexandre de Moraes (contrário ao marco) mais uma vez, suspendeu a votação, após pedido de vistas do ministro André Mendonça, o “terrivelmente evangélico”. Os povos indígenas continuam na espera.

Processo contra estudantes que ocuparam universidade do Paraná em 2016 só terminou em 2023

Por Bruno Fonseca - Foi na noite de sexta-feira, dia 18 de novembro de 2016, que a decisão foi anunciada. Já passava das 22h quando estudantes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) ocuparam o campus contra uma das principais bandeiras do então presidente Michel Temer (MDB) — a PEC do Teto dos Gastos. A ação, que montou barricadas na sede da UTFPR-Curitiba, no centro de Curitiba, foi também uma forma de apoio às centenas de ocupações estudantis que ocorriam em outras universidades e escolas de Ensino Médio por todo o Brasil naquele ano. Além de serem contra a PEC, os estudantes se rebelavam contra a MP 746, que retirava do currículo obrigatório disciplinas como Filosofia e Sociologia; e o PL 193, o infame “Escola sem Partido”. Durou uma semana. Na madrugada da sexta-feira seguinte, 25 de novembro, os portões da universidade foram abertos à força pela Polícia Federal. Antes de o sol sair, bombas de gás explodiram no campus. Estudantes foram detidos e fichados pelos policiais. A “Ocupa UTFPR” terminou naquele mesmo dia. O encerramento da ocupação, contudo, não significou um fim dessa história para os estudantes. O processo de reintegração e manutenção de posse movido pela Universidade contra os estudantes estudantil e 54 jovens se estenderia por anos, exigindo que os alunos pagassem multa de R$ 10 mil.