ELEIÇÕES: Mentira, fake e boatos

Segundo Sérgio, a grande novidade deste processo eleitoral vem dos EUA. A direita estadunidense passou a utilizar de forma consciente o trabalho de desinformação. “E o que é uma desinformação? Não é só uma notícia falsa, é encher de verdade exagerada uma situação, é descontextualizar. Inclusive, aquelas informações de difícil checagem”, explica o sociólogo.
É diferente do fake news, “um fato que não ocorreu", segundo Amadeu. “Mas o problema não é esse, o problema é tentar transformar opinião em fato e eles fazem isso o tempo todo. É isso que está acontecendo aqui [também]. Nós vamos ter que trabalhar este fenômeno e não é tão simples”, admite.
Renata Mielli acrescenta que sempre houve a “boataria em política”, no entanto o que chama a atenção é o alcance. “Qual é o fenômeno novo? É a escala, o alcance e a velocidade que a internet permite dar a este tipo de conteúdo”, pontua.
No entanto, para ela, a questão mais grave é a polarização atual da sociedade. Uma boataria, uma desinformação no atual momento político tem um impacto muito diferente do que em um cenário com instituições com alto grau de credibilidade, política ocorrendo em um ambiente saudável de democracia. Segundo Mielli, as particularidades econômicas, politicas e das novas tecnologias fizeram com que uma questão que sempre existiu na sociedade ganhasse a dimensão que está ganhando hoje.

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